29 de abril de 2022

O papel da Inteligência Emocional na liderança

O ambiente de trabalho se modifica em alta velocidade. As empresas aprimoram processos de produção e venda com o objetivo de atenderem às expectativas de seus clientes e inovação é a palavra da vez. Nesse cenário, a liderança desempenha papel fundamental para gerenciar processos e pessoas.

A Inteligência Emocional na liderança

O ambiente de trabalho se modifica em alta velocidade. As empresas aprimoram processos de produção e venda com o objetivo de atenderem às expectativas de seus clientes e inovação é a palavra da vez. Nesse cenário, a liderança desempenha papel fundamental para gerenciar processos e pessoas.

Os primeiros estudos sobre liderança procuravam identificar particularidades de líderes e não líderes, ou entre líderes bem-sucedidos e os malsucedidos, tornando-se totalmente claro que o tipo de liderança influencia, determinantemente, no sucesso ou insucesso dos processos e das empresas.

Na busca por uma definição de liderança, vários estudiosos debruçaram-se sobre o tema e definiram liderança de diferentes formas, desde “a atividade de influenciar pessoas fazendo-as empenhar-se voluntariamente em objetivos de grupo.” (George Terry), até a “influência interpessoal exercida numa situação e dirigida, através do processo de comunicação, para a consecução de objetivos específicos.” (Tannenbaum)

O que é comum para os estudiosos é que todo ser humano, em algum momento de sua vida exercerá a liderança; entendendo-se como “líder potencial” aquele que procura influenciar o outro e “liderado potencial” aquele que aceita a influência.  O exercício da liderança está associado, geralmente, ao cumprimento de metas por parte dos envolvidos no processo.  

Diferentes estudos  mostram a diferença entre o PODER e a LIDERANÇA. O primeiro utiliza a força do cargo e mecanismos à disposição para fazer com que os trabalhadores ofereçam os resultados definidos, enquanto o processo que envolve a Liderança, leva os colaboradores a se esforçarem para que os resultados sejam atingidos. O quadro 1, ilustra tais diferenças.

Autoridade formal x Liderança

AUTORIDADE FORMALLIDERANÇA
Fundamenta-se em leis aceitas de comum acordo, que criam figuras de autoridade dotadas do poder e comando.Fundamenta-se na crença dos seguidores a respeito das qualidades do líder e de seu interesse em segui-lo.
O seguidor obedece à lei incorporada na figura de autoridade, não à pessoa que ocupa o cargo.O seguidor obedece ao líder e à missão que ele apresenta.
A lei é o instrumento para possibilitar a convivência social.O líder é o instrumento para revolver problemas da comunidade.
A autoridade formal é limitada no tempo e no espaço geográfico, social ou organizacional. Os limites definem a jurisdição da autoridade.A liderança é limitada ao grupo que acredita no líder ou precisa dele. Os limites da liderança definem a área de influência do líder.
A autoridade formal é temporária para a pessoa que desempenha o papel de figura de autoridade.A liderança tem a duração da utilidade do líder para o grupo de seguidores.
A autoridade formal inclui o poder de forçar a obediência das regras aceitas para a convivência.Os líderes têm o poder representado pela massa que o segue.
A autoridade formal é atributo singular.A liderança é produto de inúmeros fatores. Não é uma qualidade pessoal singular.
Fonte: Perspectivas Contemporâneas de Liderança: Liderança x Poder 

Texto escrito pela psicóloga  Solar Delcastanher, 2015.

A importância da Inteligência Emocional para uma liderança de sucesso

Daniel Goleman em seu livro Liderança: a inteligência emocional na formação do líder de sucesso traz a reflexão de quanto mais se sobe em uma organização, maior a importância de desenvolver a inteligência emocional. Ou seja, para além do QI (quoeficiente de inteligência), liderar pessoas é necessário o quoeficiente emocional.  

Em 1996, o renomado pesquisador do comportamento humano David McClelland, conduziu um estudo dentro de uma empresa multinacional, na área de alimentos e bebidas, e descobriu que, quando altos executivos utilizavam a inteligência emocional, seus departamentos superaram a meta anual em 20%. 

“Os líderes podem, se adotarem a abordagem correta, desenvolver sua inteligência emocional”

Os gestores que desenvolvem e norteiam sua liderança nos pilares da inteligência emocional  apresentam, principalmente, as seguintes características:

  1. Influenciam positivamente as pessoas
  2. Fazem uso da escuta ativa
  3. São assertivos 
  4. São empáticos 
  5. Direcionam pessoas
  6. Gerenciam conflitos
  7. Gerenciam a si mesmo
  8. São automotivadores
  9. Dão constantes feedbacks e promovem o crescimento do liderado

São líderes que inspiram e utilizam a mentalidade de crescimento para continuar a  crescer, aprender e tentar.

O líder, que utiliza a Inteligência Emocional,  promove qualidade de vida para seus colaboradores e ajuda a prevenir o desenvolvimento de transtornos mentais. 

E convenhamos, o líder cuida de todos, mas quem cuida do líder? Nós cuidamos! Desenvolvemos ações pontuais para a liderança, entre elas Workshops de acolhimento e conscientização.

Acreditamos que cada ser humano é um Universo em si, dessa forma, guiamos o desenvolvimento de talentos por meio de programas que estimulam a liderança e inteligência emocional. Conte com a PathMind!

Graziella Budacs Sanchez

Psicóloga fundadora da PathMind com especialização em Arte-terapia, Especialista em Casal e Família, Especialista em Gestão de Pessoas, Palestrante e Criadora da PathMind Mente Saudável -CRP 06 133416

Conteúdo registrado no domínio de propriedade intelectual da PathMind Saúde da Mente e pode ser rastreado por 177 países. É proibida a reprodução inteira ou parcial sem mencionar o autor, sujeito a pena prevista na Lei nº 10.695.

11 de abril de 2022

O time no ambiente de trabalho é como uma banda musical

Para que haja harmonia é preciso que cada colaborador saiba tocar seu instrumento e esteja em sintonia com o todo. É necessário pedir ajuda e ajudar. Compartilhar e dividir são essenciais para que a música saia afinada e o show aconteça. 

O time no ambiente de trabalho é como uma banda musical

Para que haja harmonia é preciso que cada colaborador saiba tocar seu instrumento e esteja em sintonia com o todo. É necessário pedir ajuda e ajudar. Compartilhar e dividir são essenciais para que a música saia afinada e o show aconteça. 

O resultado, e o segredo do crescimento, está nos bastidores, no dia a dia, na realidade de erros e acertos, percalços na comunicação, mudanças e incertezas, momentos de apreensão e, claro, na comemoração também.

O cotidiano por trás dos bastidores é isso, momentos de altos e baixos e é aí que crescemos como pessoas e como time. A vida real exige humildade para reconhecer os erros que cometemos. E sim! Todos nós cometemos erros. Por isso, é preciso humildade para aceitar as nossas vulnerabilidades e não julgar as fragilidades do próximo. Somos sensíveis a alguma coisa, afinal somos humanos.  É preciso “tato” para reconhecer o erro, com respeito pedir desculpas e fazer diferente a partir de então.

Maturidade profissional no ambiente de trabalho

Desenvolver honestidade é essencial para se responsabilizar por uma nota que saiu errada. Maturidade para não terceirizar culpas, tampouco vitimizar-se. Dessa forma, quando um músico erra a nota, em equipe a situação é resolvida. É isso que uma banda em sintonia faz. 

Recentemente reinventamos a forma dessa banda atuar. Em grande maioria cada um toca seu instrumento de um palco diferente, mesmo assim a música acontece. E como temos feito isso acontecer? Utilizamos algo que é inerente a nossa natureza e não está apenas relacionado a arte, mas a tudo que nos faz pensar fora da caixinha: a criatividade.

É com ela que a banda tem buscado novas formas de interagir, se comunicar e fazer essa parceria dar certo no ambiente de trabalho.  O cenário é diferente, assim como alguns instrumentos, mas com paciência, acolhimento e informação a música precisa e vai sair de forma harmoniosa e o show deve continuar de maneira saudável.

Acolhimento em grupo e rodas de conversa

Relacionar-se em grupo contribui para desenvolvermos apoio e confiança social, escuta, criatividade, equilíbrio emocional e agilidade mental. Estimula a tomada de consciência, aceitação do outro e cooperação, isso facilita a comunicação e permite o compartilhamento de problemas, experiências e insights.

Conte com a experiência da PathMind para promover a cultura do bem-estar na sua instituição. Somos uma empresa moderna que nasceu de um desejo: o acolhimento humano no ambiente corporativo. Prezamos pela transparência e empatia nas relações com os colaboradores, clientes e fornecedores.

Graziella Budacs Sanchez

Psicóloga fundadora da PathMind com especialização em Arte-terapia, Especialista em Casal e Família, Especialista em Gestão de Pessoas, Palestrante e Criadora da PathMind Mente Saudável -CRP 06 133416

Conteúdo registrado no domínio de propriedade intelectual da PathMind Saúde da Mente e pode ser rastreado por 177 países. É proibida a reprodução inteira ou parcial sem mencionar o autor, sujeito a pena prevista na Lei nº 10.695.

4 de abril de 2022

As 3 peneiras de Sócrates para se comunicar no ambiente de trabalho

Um dos maiores problemas enfrentados pelas empresas, no âmbito relacionamento interpessoal, é o que chamamos de “fofoca”. Por isso, antes de propagar informações sobre colegas de trabalho, é necessário se questionar e fazer o uso das três peneiras de Sócrates.

As 3 peneiras de Sócrates para se comunicar no ambiente de trabalho

Um dos maiores problemas enfrentados pelas empresas, no âmbito relacionamento interpessoal, é o que chamamos de “fofoca”. Por isso, antes de propagar informações sobre colegas de trabalho, é necessário se questionar e fazer o uso das três peneiras de Sócrates.

Conta-se que um homem foi ao encontro de Sócrates levando ao filósofo uma informação que julgava de seu interesse:

– Quero lhe contar uma coisa a respeito de um amigo seu! – disse o homem.
– Espere um pouco! Antes de você me contar algo, quero saber se essa informação passou pelas três peneiras. – disse Sócrates.
– Três peneiras? Como assim? – perguntou o homem.
– Vamos peneirar aquilo que você quer me contar. Devemos sempre usar as três peneiras. Se você não as conhece, preste bem atenção! A primeira é a peneira da VERDADE: você tem certeza que, o que quer me contar, é verdadeiro? – disse Sócrates.
– Bem, foi o que eu ouvi os outros contarem. Não sei, exatamente, se é verdade – disse o homem.
– Então, já não passou pela primeira peneira, mas vamos para a segunda que é a da BONDADE: você foi caridoso ao pensar que a informação pode não ser verdadeira, incluindo o fato da prática da empatia, ou seja, você se colocou no lugar da pessoa citada? Agiu com bondade? E se fosse com você? – disse Sócrates.
– Estou envergonhado e devo confessar que não agi com bondade e nem pensei que poderia ser comigo – disse o homem.
– Semelhante à primeira, a informação também não passou pela segunda peneira, mas vamos para a terceira que é a da UTILIDADE: você pensou bem, se o que quer me contar será útil ou se, de alguma forma, promoverá o crescimento ou melhoria de alguém? – disse Sócrates.
– Útil? Na verdade, não – disse o homem.
– Veja bem! Você quer me contar algo que, você mesmo, não tem certeza se é VERDADE, não há sinal de BONDADE e muito menos é ÚTIL. Portanto, é melhor que guarde apenas para você e o bom senso fala em não propagar (não dar continuidade) a algo que não seja edificante – finalizou Sócrates.

A fofoca é um instrumento de grande impacto negativo na saúde emocional no ambiente de trabalho. O líder que faz uso das 3 peneiras – Verdade, Bondade e Utilidade – terá uma equipe mais saudável, engajada e motivada.

Há um provérbio chinês que diz que “toda história tem 3 lados: o meu, o seu e a verdade”, ou seja, o líder que se posiciona de forma madura utiliza recursos empáticos como: assertividade, justiça e inteligência emocional.

Conte com a experiência da PathMind para promover a cultura do bem-estar na sua instituição. Somos uma empresa moderna que nasceu de um desejo: o acolhimento humano no ambiente corporativo. Prezamos pela transparência e empatia nas relações com os colaboradores, clientes e fornecedores.

23 de março de 2022

O que nos mantêm saudáveis e felizes, enquanto passamos pela vida?

Se você fosse investir agora no seu melhor “eu futuro”, a que dedicaria seu tempo e energia?

O que nos mantêm saudáveis e felizes, enquanto passamos pela vida?

Uma recente pesquisa, entre a geração Y, questionou quais eram os objetivos mais importantes de suas vidas. Mais de 80% das pessoas disseram que o objetivo mais importante era ficar rico. E os outros 50% dos jovens adultos disseram que era ficar famoso.

Como sabemos, o olhar em retrospectiva não é apurado. Esquecemos a maior parte do que nos acontece na vida e, às vezes, a memória é totalmente criativa. Mas e se pudéssemos estudar as pessoas desde sua adolescência até a velhice para ver o que, realmente, as mantêm felizes e saudáveis?

Um estudo de Harvard tenta responder a questão

O Estudo de Desenvolvimento Adulto, de Harvard, acompanhou 724 homens durante 75 anos. Estudos assim são extremamente raros, e é possível que tenha sido o mais longo sobre a vida adulta.

Quase todos os projetos desse tipo se encerram dentro de uma década.  Aproximadamente, 60 homens originais ainda estão vivos e participam do estudo, a maioria deles na casa dos 90 anos. E agora, começaram a estudar os mais de 2 mil filhos destes homens.

As pessoas de 75 anos (do estudo) que eram as mais felizes, depois de aposentar, foram as que batalharam para substituir colegas de trabalho por companheiros. Assim como a geração Y, naquela pesquisa recente, muitos dos homens que estavam se tornando jovens adultos, realmente acreditavam que fama, riqueza e grandes conquistas era o que precisavam correr atrás para ter uma boa vida.

Ou seja, diferente da geração Y, as pessoas da geração do estudo de Harvard buscaram o bem-estar na parte emocional equilibrada, nos valores afetivos concretos e não nas riquezas materiais acumuladas que dão sensação de completude.

Três grandes lições sobre relacionamentos

1ª – As conexões sociais são muito boas para nós e a solidão nos adoece. Pessoas mais conectadas socialmente com família, amigos e comunidade são mais felizes, mais saudáveis fisicamente e vivem mais do que as pessoas que têm poucas conexões. 

2ª – Relacionamentos bons e íntimos parecem nos proteger de algumas circunstâncias adversas de envelhecer. Voluntários mais felizes em uma relação relataram, aos 80 anos, que nos dias que tinham mais dor física, o humor continuava ótimo. Mas as pessoas que estavam em relacionamentos infelizes, nos dias que tinham mais dor física, a mesma era intensificada pela dor emocional.

3ª – Relações saudáveis protegem não apenas nossos corpos, mas também nossos cérebros.

A importância de cultivar bons relacionamentos

O estudo mostrou que, repetidas vezes ao longo dos 75 anos, as pessoas que se deram melhor foram as bem relacionadas com família, amigos e com a comunidade. 

E você, digamos que esteja com 25, 40 ou 60 anos, que tal buscar o que os relacionamentos têm a oferecer?

– Revisite seus sonhos!
– Estabeleça metas (curto, médio e longo prazo).
– Trabalhe sua autoestima.
– A baixa autoestima manifesta-se pela falta de confiança em si.
– A boa autoestima se traduz na aceitação de si.
– A superestima expressa-se pela conduta vaidosa e por uma forte ostentação.
– Faça um balanço de suas realizações.
– Contribua para um bom ambiente de trabalho.
– Crie um espaço de trabalho limpo, confortável.
– Proporcione um clima amigável.
– Relacione-se com quem lhe faz bem!

Como manter um bom relacionamento no ambiente de trabalho

Relacionar-se em grupo conduz a uma compreensão do quanto afetamos e somos afetados no ambiente de trabalho. A PathMind oferece a seus clientes todos os recursos da psicologia moderna aliada a ferramentas terapêuticas. Nossas soluções proporcionam bem-estar no ambiente corporativo e qualidade de vida para sua rede de colaboradores.

Conte com a experiência da PathMind para promover a cultura do bem-estar na sua instituição. Como podemos ajudar? 

Fonte: Texto do Ted Talk realizado por TED Robert Waldinger

15 de março de 2022

O sucesso profissional provém da Inteligência Emocional

Inteligência Emocional é a maneira como gerenciamos nossas emoções e como nos relacionamos com as pessoas.

O sucesso profissional provém da Inteligência Emocional

Inteligência Emocional é a maneira como gerenciamos nossas emoções e como nos relacionamos com as pessoas.

Este termo foi desenvolvido pelo psicólogo Peter Salovey em meados de 1960, mas foi amplamente estudado e difundido pelo também psicólogo Daniel Goleman a partir de 1970.

Atualmente, há cerca de 12 modelos de Inteligência Emocional utilizados para cuidar e entender os sentimentos. A forma usada por Daniel Goleman, e que nós da PathMind utilizamos para trabalhar as organizações emocionais, consiste no desenvolvimento de 4 principais habilidades:

1. Autoconhecimento: conhecer as emoções e seus gatilhos. 

2. Gerenciamento Emocional: lidar com as emoções.

3. Empatia: consciência social.

4. Gestão de relacionamentos: reconhecer e lidar com as emoções de outras pessoas.

Como gerenciar as emoções? 

Gerenciar emoções significa aceitar algo inerente à natureza humana, acolher sem qualquer julgamento e ponderar antes de tomar decisões impulsivas. Quando sentimos e gerenciamos as próprias emoções, assumimos  a autorresponsabilidade, elemento essencial da maturidade.

Neste lugar, desenvolvemos uma mentalidade de crescimento, presente em pessoas com mais disposição para enfrentar desafios e dificuldades, pois aceitam seus próprios erros com gentileza e amadurecimento à medida que transformam percepções, até então duras, para algo mais leve. 

Quando a mentalidade é fixa, nos tornamos conformistas frente às dificuldades, resistentes às mudanças e continuamos no lado imaturo da personalidade. 

Primeiro passo da Inteligência Emocional

O primeiro passo da Inteligência Emocional e o mais importante: o autoconhecimento. Quanto mais nos conhecemos, menos projetamos nossas  questões no outro. Pessoas com autoconhecimento são mais independentes, autônomas e maduras.

Há algumas técnicas estudadas e recomendadas por Daniel Goleman. A principal é a respiração, ela oxigena o cérebro e ativa áreas que auxiliam na racionalização da situação, com isso conseguimos observar quando e porque uma emoção surge e de que maneira nos relacionamos com ela. 

Portanto, em uma situação em que você sente que as emoções estão te sequestrando, lembre-se de:  

Parar,  inspirar o ar pelo nariz e soltar pela boca; para as crianças dizemos: “cheire a flor e assopre a vela, calmamente”. Repita esse ato por 3 vezes e você terá acionado o córtex pré-frontal, área do cérebro responsável pela racionalidade. 

A forma como respiramos influi em nossas emoções e até na maneira como pensamos.

Cientistas comprovaram, pela primeira vez, que o ritmo de entrada e saída do ar no corpo cria uma atividade elétrica no cérebro humano que acentua os julgamentos emocionais e até lembranças desconfortáveis. Estes efeitos se alteram se a pessoa está inspirando ou expirando. 

Importante: Inteligência Emocional não é deixar de sentir emoções, mas sim gerenciá-las. O ato de reconhecer uma emoção, ou mais, já faz com que ela perca a força e a intensidade”.

Graziella Budacs Sanchez

Importância da Inteligência emocional para empresas   

No mundo atual, não basta ser inteligente, esperto e preparado para competir. É preciso ter inteligência emocional e persistir diante das frustrações para conseguir viver bem, ser feliz com a família e vencer no mercado de trabalho.

Conte com a experiência da PathMind para promover a cultura do bem-estar na sua instituição. Somos uma empresa moderna que nasceu de um desejo: o acolhimento humano no ambiente corporativo.  Prezamos pela transparência e empatia nas relações com os colaboradores, clientes e fornecedores.

Graziella Budacs Sanchez

Psicóloga fundadora da PathMind com especialização em Arte-terapia, Especialista em Casal e Família, Especialista em Gestão de Pessoas, Palestrante e Criadora da PathMind Mente Saudável -CRP 06 133416

Conteúdo registrado no domínio de propriedade intelectual da PathMind Saúde da Mente e pode ser rastreado por 177 países. É proibida a reprodução inteira ou parcial sem mencionar o autor, sujeito a pena prevista na Lei nº 10.695.

Foto de Kelvin Valerio no Pexels

4 de agosto de 2021

Priorizar a Saúde Mental é uma grande conquista

As olimpíadas nos induz a reflexões sobre o que é ser um profissional de alta performance e nesse contexto podemos destacar comportamentos e competências como superação, motivação, engajamento, foco no resultado, trabalho em equipe e etc. Talvez a Simone Biles tenha nos trazido a reflexão mais impactante, visto esse momento que saúde mental é tão […]

Psicoterapia

As olimpíadas nos induz a reflexões sobre o que é ser um profissional de alta performance e nesse contexto podemos destacar comportamentos e competências como superação, motivação, engajamento, foco no resultado, trabalho em equipe e etc.

Talvez a Simone Biles tenha nos trazido a reflexão mais impactante, visto esse momento que saúde mental é tão emergente: você prioriza a sua saúde mental?

Essa é uma reflexão muito individual e acredito que precisa nos perseguir a todo momento. Afinal, você pode ter engajamento, foco no resultado, competências e cumprir a cartilha na risca para ter sucesso profissional mas, se não priorizar você mesmo, se sentir e se ouvir, o processo e o resultado não vão fazer sentido.

O profissional do futuro precisa acima de tudo ter autoconhecimento pois o seu discurso alinhado as suas ações é o que prova quem realmente você é, onde você quer chegar e esse movimento genuíno é o que transborda para as pessoas ao seu redor: clientes internos e externos, equipe, colegas.

Preciso priorizar a minha saúde mental, existe vida além da ginástica”.

Simone Biles

Existe vida além do corporativo e essa vida é a sua. O centro do processo sempre será você, até porque ser “bem sucedido” é um conjunto das áreas da sua vida equilibradas, harmonizadas e com a verdadeira expressão de quem você é em cada uma delas.

Respeite seu caminho, o seu caminhar e as suas chegadas. 

Autora: Jessica Rafaela Baraçal Rebelato 
Psicóloga PathMind

*Texto protegido por lei de direito autoral. Plágio é crime*
*A imagem utilizada está licenciada sob a licença Creative Commons Atribuição 2.0 Genérica (Fernando Frazão/Agência Brasil).

26 de abril de 2021

Vamos falar da saúde da sua mente?

O último ano tem sido de consideráveis desafios e mudanças. De forma compulsória, tivemos que aprender uma nova maneira de viver e de organizar nossa rotina. Emoções que antes a correria nos “obrigava” a colocar para debaixo do tapete, começaram a nos visitar constantemente: o medo, a tristeza, a incerteza e até mesmo um tipo […]

Saúde Mental Home Office

O último ano tem sido de consideráveis desafios e mudanças. De forma compulsória, tivemos que aprender uma nova maneira de viver e de organizar nossa rotina.


Emoções que antes a correria nos “obrigava” a colocar para debaixo do tapete, começaram a nos visitar constantemente: o medo, a tristeza, a incerteza e até mesmo um tipo de pânico já que o “inimigo” é invisível e ataca inesperadamente. E não saber como lidar com tais emoções, fez com que muitos de nós ouvíssemos, com mais frequência, sobre transtornos mentais como ansiedade e depressão, assim passamos a dar mais atenção à saúde mental.

Uma pesquisa realizada por Mastercard e apresentada no Summit de Saúde Mental 2020 da revista Exame, revela que 62% dos brasileiros começaram a se preocupar mais com saúde da mente no último ano.

A mente é responsável por produzir pensamentos e gerenciar a forma como reagimos às situações da vida. A máquina que faz a mente funcionar é chamada de cérebro e é uma mente saudável que proporcionará saúde e qualidade para o funcionamento racional.

No passado, saúde era entendida apenas como ausência de doença,
mas atualmente a Organização Mundial da Saúde (OMS) a define como estado de completo bem-estar físico, mental e social, ou seja, saúde é ter qualidade de vida.

Preconceito

Mesmo com todas as evidências de que saúde da mente deve ser tratada como prioridade, ainda é uma área que recebe pouca atenção. Um dos principais motivos é o tabu e as crenças errôneas transgeracionais, ou seja, afirmações erradas, que passam de geração para geração, como sendo verdades absolutas. Alguns exemplos dessas crenças são:

“isso passa sozinho”; “depressão é coisa de gente fraca da cabeça”; “te falta fé”; “Psicólogo e Psiquiatra é coisa de louco”; “mude o pensamento e seja mais positivo”, etc., entre tantas outras que certamente você já ouviu ou até mesmo falou. Esses pensamentos limitam nossa qualidade de vida.

A fonte primária do preconceito é a ignorância, portanto para combatê-lo é essencial falar sobre o tema e compartilhar informações de fontes confiáveis.

Números

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), apontam que 1 a cada 5 pessoas poderá desenvolver algum transtorno mental no decorrer da sua vida. Os mais comuns são Transtornos de Ansiedade que inclui Transtorno

Obsessivo Compulsivo (TOC), Transtorno do Pânico e Ansiedade Generalizada (TAG) e os Transtornos Depressivos do Humor comumente chamados de Depressão. Atualmente, o Brasil é o país com o maior número de pessoas com Transtornos de Ansiedade do mundo, ao menos 18,6 milhões de brasileiros, cerca de 9% da população tem esse diagnóstico.

Para o transtorno depressivo do humor (depressão), o Brasil ocupa a segunda colocação mundial, ou seja, 5,8% da população.
Um estudo feito pela pesquisadora Sara Evans-Lacko, da London
School of Economics
, aponta que o Brasil perde 78 bilhões de dólares por ano com a queda de produtividade causada pela depressão.

É preciso desconstruir o tabu e prestar atenção nos sintomas, afinal o corpo fala!

Você tem algum sintoma?

O sintoma costuma sinalizar que algo dentro de nós não vai bem e precisa ser cuidado. Metade dos casos de Transtornos de Ansiedade e Depressão tiveram seus primeiros episódios por volta dos 14 anos. Geralmente, começa com um estado de estresse e evolui cada vez que os recursos internos se esgotam.

A OMS aponta que 96,8% das pessoas que tiraram suas próprias vidas, tinham um transtorno mental não acompanhado. Isso não quer dizer que todas as pessoas com Transtorno Mental tentarão contra a própria vida, mas se
não tratados de forma correta, pode sim haver uma evolução drástica.

Por isso, é essencial buscar ajuda assim que os primeiros sintomas surgirem. Veja alguns:

  • alteração do humor sem motivo aparente como irritabilidade frequente ou choro constante;
  • alteração do sono tendo vontade de dormir além do normal ou episódios frequentes de insônia;
  • alteração de peso como ganho ou perda relacionados a compulsão alimentar ou ausência de apetite;
  • angústia no peito e necessidade de isolamento social constante;
  • perda da vontade de atividades que antes proporcionavam prazer;
  • diminuição da libido.

O suporte profissional deve ser imperativo! Os profissionais habilitados para lidar com transtornos mentais são Psicólogos e Psiquiatras.

O Psicólogo possui ferramentas cientificas para investigar a origem e gatilho dos sintomas, ajudam na ressignificação de crenças disfuncionais que causam sofrimento e proporcionam mecanismos para o enfrentamento de crises.

O Psiquiatra é o médico que faz o diagnóstico diferencia, ou seja, investiga se os sintomas estão sendo gerados por uma doença de causa orgânica como hipotireoidismo que pode desenvolver estados de depressão e torpor, ou hipertireoidismo que pode causar sintomas de ansiedade. O Psiquiatra também poderá prescrever medicamento adequado, caso seja necessário. Cabe ressaltar que as medicações para o tratamento de transtornos mentais evoluíram nos últimos anos e os efeitos colaterais, em sua maioria, são mínimos.

Importante

Nos tempos atuais, de maior demandas para a saúde mental, há pessoas que se intitulam como especialistas de comportamento humano, prometem ferramentas milagrosas e resultados rápidos para tratar transtornos mentais. Cuidado! Apenas Psicólogo e Psiquiatra são profissionais habilitados, e capacitados, para cuidar da saúde da sua mente.

Cuide da Saúde Mental

No dia a dia você pode praticar alguns cuidados que impactam em uma mente saudável, serena, mesmo com a correria habitual. Veja a seguir:

  • Tenha horários na sua rotina e saiba quando parar. A obstinação pode nos levar ao esgotamento e adoecimento. Portanto, aprenda a dizer e ouvir “não”, nosso corpo tem limite e precisamos saber respeitá-lo.
  • Inclua exercícios físicos no seu dia a dia, eles ajudam na oxigenação do cérebro e liberam hormônios que causam bem-estar, como endorfina que proporciona sensação de alegria e alivio das dores; e dopamina que age como tranquilizante e analgésico para o corpo. A meditação também libera esses mesmos hormônios, além de melhorar a atenção e foco.
  • A motivação para essas atividades não é nata, ou seja, não nasce conosco, mas com persistência pode fazer parte da nossa rotina. Depois que corpo se habitua a receber essa chuva de remédios naturais e o cérebro encontra prazer nessas novas atividades, ela se torna necessária. Portanto, comece devagar, mas comece!
  • Alimente-se de forma saudável e hidrate seu corpo. De acordo com um estudo realizado pela neurocientista Tara Swart, do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), uma boa alimentação ajuda na saúde do cérebro e contribui para tomarmos boas decisões.
  • Cuide da qualidade do seu sono praticando a higiene do sono. Duas horas antes de dormir, se desligue das redes sociais e programas televisivos que podem excitar o funcionamento mental. O Mindfulness ajuda nesse relaxamento, pois estimula a atenção plena no momento presente. Há diversos aplicativos que podem auxiliar nessa prática.
  • À noite, procure fazer uma alimentação leve para que a digestão seja fácil e não impacte na qualidade do seu sono.
  • Desligue-se das notícias ruins. É certo que precisamos de informações, mas evite que elas sejam a principal atração do seu dia. As emoções são influenciadas pelo ambiente externo e se ele está repleto de medo, essa será a emoção predominante em nós.
  • Busque se aproximar, mesmo que virtualmente, de pessoas que fazem bem. Somos seres sociais, precisamos uns dos outros. O estudo mais antigo da história da ciência realizado pela Universidade de Harvard conclui que o que nos mantêm saudáveis e felizes, enquanto passamos pela vida, são os relacionamentos saudáveis. Invista neles.
  • Cuide de si mesmo e se proporcione prazer positivo, aquele que lhe faz bem, sem consequências desagradáveis. Você é a pessoa mais importante da sua vida, cuidar de você e da sua saúde mental não deve ser visto como egoísmo e sim como prioridade. Aprenda a dizer sim para coisas que lhe fazem bem.

Como ajudar?

Conhece alguém que está passando por sofrimento psíquico? Você pode ajudar por meio de uma escuta ativa, empática, acolhedora e, principalmente, sem qualquer julgamento.

cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração”

Epitáfio – Titãs

Tenha muito cuidado com as palavras, elas podem ser gatilhos para a piora dos sintomas e JAMAIS compare dores! Como diria Titãs “cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração” e quando temos nossa dor comparada, um sentimento de angústia e culpa nos invade.

O mais seguro e recomendável é você repassar informações de fontes confiáveis e encorajar a pessoa a buscar ajuda profissional. Esse é um caminho importante para a quebra do tabu. Lembre-se, transtorno mental não é loucura, não é doença. É uma mente em sofrimento, em desordem que precisa de ajuda para enxergar novas formas de viver com qualidade. Quando a mente está em transtorno, a vida perde o sentido e o colorido.

Seja gentil com as pessoas e consigo mesmo. Todos enfrentamos batalhas e somos vulneráveis. Em tempos de tantas adversidades, qualquer dose de gentileza é um bálsamo para a Alma.